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ë Desenvolvimento e mudança paradigmática na Madeira: atitudes sociais sobre o ambiente

segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Conquanto o epíteto, amiúde difundido por entidades oficiais, de "Madeira nova", ilustre um crescimento económico na região sustentado por indicadores tradicionais e visíveis insofismáveis, a presente incursão sociológica em torno do fenómeno da modernização ambiciona indagar as camadas mais profundas do mesmo, interrogando, nomeadamente, não se se cresce, mas, antes, como se cresce, ou seja, se o desenvolvimento, no domínio do tangível, é acompanhado de uma real correspondência no domínio do intangível, pois as necessidades básicas das populações encontram-se indissoluvelmente ligadas quer a trâmites quantitativos quer a qualitativos.

Inscrevendo-se nas emergentes aproximações epistemológicas que esquadrinham a problemática dos impactos das sociedades humanas no ambiente e da forma como este influi na organização social e no comportamento humano, este artigo recorre a alguns resultados e reflexões produzidos a partir do figurino empírico da Região Autónoma da Madeira.

Para operacionalizar tal empreitada procura-se, primeiramente, apresentar um conciso ponto de partida teórico que enquadre a forma como a sociologia pode responder à importância da variável ambiente (biofísico). Prossegue-se, num segundo momento, com um ensaio compreensivo da forma como diferentes matrizes de participação, em práticas favoráveis à promoção da qualidade do ambiente, se amparam numa "cultura de sustentabilidade" (e.g. Norgaard, 1988, cit. em Lélé, 1991:615) dos actores sociais, aferida através dos actores sociais, aferida através dos seus sistemas de crenças relativas ao ambiente.

A emergência do ambiente na sociologia O desafio paradigmático da sociologia do ambiente

Tendo a sociologia se desenvolvido nas sociedades ocidentais num contexto sócio-cultural de exuberância, optimismo tecnológico e crença no progresso ilimitado e na isentabilidade dos homens em relação a constrangimentos ambientais, não incorporando nas suas tradições de pensamento grandes preocupações ecológicas, a sociologia do ambiente, enquanto uma das subdisciplinas mais recentes do campo disciplinar mainstream da sociologia, resulta de um processo contínuo e inacabado de crescente reflexividade das sociedades pós-modernas consubstanciado na gradual consciencialização de que a dinâmica das sociedades industriais só pode ser plenamente compreendida e explanada se se considerarem as relações de imbricação mútua entre o ambiente social e o ambiente biofísico (e.g. Dunlap e Catton, 1979:252).

Cattone Dunlap (1978) aperceberam-se de que a sociologia mainstream desenvolveu uma série de tradições e assunções que tomou como válidas e que, mesmo implícitas, influenciaram indelevelmente a prática da sociologia. Tal influência é tributária das teorias dos fundadores que, num período de autonomização e consolidação das balizas disciplinares da sociologia, recorreram a uma absoluta cisão no seu objecto de estudo, recusando qualquer influência analítica por parte de factores naturais ou biológicos na explicação dos fenómenos sociais.

Dunlap e Catton partem, então, de uma leitura não dogmática das assunções clássicas dominantes, de molde a edificar um novo paradigma que coloca a questão da pertinência social e sociológica da variável ambiente biofísico para a análise da mudança social que segue estruturando as sociedades contemporâneas. Para a sociologia convencional, contudo, esta problemática das interdependências societais-ambientais, convocando variáveis extra-sociais, é algo controversa, dado o determinismo sociocultural que imperou até à década de 1970, legado do axioma durkheimiano, instituidor da premissa de que só se pode "explicar o social pelo social" e que conduziu ao que Murphy (1995) apelidou de "sociologismo"[…].

Mapeamento fenomenológico dos madeirenses: dos valores às práticas ambientais
Os valores ecológicos da população madeirense

[...] A Região Autónoma da Madeira (RAM) confronta-se com a permanência de estorvos ao seu crescimento e desenvolvimento que decorrem da sua condição ultraperiférica e da exiguidade do seu território. Tais constrangimentos são amplificados pela sua descontinuidade territorial, pelas suas características geomorfológicas, mas também pelo elevado espaço territorial concedido a zonas de protecção especial.

Não obstante tais constrangimentos, no crepúsculo do precedente milénio, os níveis de desenvolvimento alcançados na RAM, com a substancial ajuda de transferências emanadas dos quadros comunitários de apoio, permitiram à RAM recuperar do atraso estrutural, elevando a sua posição relativa no contexto nacional e europeu. Segundo dados da Direcção Regional de Estatística (DRE), em 1990 o PIB per capita da região era 41,1% da média comunitária, representando em 2000 82% desse mesmo referencial e 119% da média nacional. O PIB per capita regional duplicou, então, o seu posicionamento relativo, o que guinda a RAM à segunda posição entre as regiões do país com um PIB mais elevado, em 2001, atrás de Lisboa e Vale do Tejo. De facto, o produto interno bruto a preços de mercado (PIBpm) da RAM passou de 871 milhões de euros em 1990 para 3. 241 milhões em 2000. "Este cenário macroeconómico revela de uma forma expressiva e inequívoca como a Região conseguiu elevar a sua posição nacional e aproximá-la do nível comunitário" (IGFC, 2004: 7).

Sendo geralmente aceite o facto de que estas relevantes transformações societais alteraram, com propriedade, a face infra-estrutural do arquipélago, designadamente na área das acessibilidades, da rede escolar e de saúde, a redução que se avizinha dos subsídios comunitários - proveniente da alteração do estatuto de região de "objectivo I' - admite que se cultive a convergência dos trâmites qualitativos, potenciadores de uma cultura de sustentabilidade, caracterizada por uma crescente consciencialização ambiental que, defendem Dunlap e colegas, arrastará consigo novas respostas comportamentais e novas posturas escoradas em valores mais respeitosos para com o ambiente[…]”.

Consulte o artigo integral
SLG - Biblioteca Pública Regional

FREITAS, André-Desenvolvimento e mudança paradigmática na Madeira. Atitudes sociais sobre o ambiente. «Sociologia. Problemas e Práticas», n.º 54, Maio-Agosto, 2007, p.101-125.

 
 

ë Marketing e Bibliotecas

sábado, 1 de novembro de 2008
O marketing associado aos Serviços de Documentação e Informação é uma prática cada vez mais discutida e mais usual.

Ao longo deste texto tentaremos perceber de que forma a adopção de estratégias de marketing pode, ou não, interferir na concretização dos objectivos das bibliotecas de forma mais eficiente e com maior nível de sucesso.

O marketing pode ser entendido como uma filosofia de gestão que consiste em identificar as necessidades dos clientes (reais e potenciais) de uma determinada organização, aferindo quais os produtos e serviços que podem servir e satisfazer esses mesmos clientes. Qualquer tipo de organização que tenha um papel no mercado deve atender às necessidades dos seus clientes/utilizadores/consumidores, adaptando a própria organização e respectivos produtos/serviços a essas mesmas necessidades, para desta forma assegurar o máximo de satisfação por parte de quem deles usufrui.

A noção de marketing está habitualmente associada à área empresarial. De facto, foi nessa área que as técnicas de marketing se foram desenvolvendo, sendo progressivamente adoptadas pela área dos serviços. Tem-se verificado que também as organizações sem fins lucrativos podem usar técnicas de marketing, de forma a melhorar o seu desempenho e capacidade de resposta.
A Sociedade de Informação com que nos deparamos actualmente tem vindo a mostrar uma certa revolução na produção documental, bem como novos tipos de documentos que surgem com o desenvolvimento tecnológico. Assim, a noção de biblioteca tradicional tem sido um pouco alterada, surgindo serviços com maior dinamismo e claramente mais coerentes com as necessidades dos utilizadores.

Actualmente verifica-se uma crescente necessidade de disponibilização de informação em vários suportes para que as bibliotecas conservem e conquistem utilizadores. Como tal, e dada a exigência da Sociedade de Informação na qual estamos inseridos, o marketing começa a ser adoptado também pelos serviços de informação com o intuito de tornar a informação atractiva e de informar os utilizadores acerca da sua existência.

À semelhança das organizações com fins lucrativos, também as bibliotecas devem manter uma relação com os seus utilizadores, recorrendo, para isso, a métodos e técnicas que possam auxiliar essa mesma relação.

Segundo Ramos Simón, aceita-se a existência de “marketing informativo”, ou seja, “um conjunto de actividades organizadas para difundir mensagens através de produtos informativos que promovam ou favoreçam relações de troca de ideias e de interesses tangíveis, em benefícios de pessoas, instituições ou empresas.” Há quem também refira o conceito de “marketing bibliotecário”, sendo “o conjunto de actividades que a biblioteca realiza com vista a identificar as necessidades informativas dos utilizadores, para as satisfazer de forma rentável”. (Mañao Moreno, 2003)

Nas bibliotecas o marketing deve ser aplicado no sentido de identificar, satisfazer e até mesmo antecipar as necessidades dos seus utilizadores. Conhecer estas necessidades e adoptar o ponto de vista destes mesmos utilizadores, bem como criar espécies de grupos que se identificam pelas suas necessidades específicas, ajustando os objectivos do serviço às necessidades identificadas, pode garantir o sucesso destes serviços.

Importa, no entanto, realçar que o marketing tem de ser aplicado às bibliotecas com precaução, pois a sua natureza claramente comercial não coaduna, de todo, com a missão destes serviços, que é diferente das organizações com fins lucrativos, tendo mesmo um carácter muito próprio.
O marketing é cada vez mais importante nesta área pois os profissionais de informação começam a ter em atenção os utilizadores potenciais e não apenas os utilizadores reais. Actualmente, os utilizadores são o núcleo central dos serviços de documentação e informação.

A actual sociedade atribui um grande valor à imagem e parece evidente que, neste momento, as bibliotecas sofrem um problema de imagem. É precisamente aqui que surge o marketing, apresentando-se como uma técnica de promover (produtos e serviços) e que melhora a imagem das instituições.

A bibliografia existente separa o marketing em duas categorias distintas: o marketing que visa promover os serviços e as próprias bibliotecas (externo) e o marketing aplicado no interior da biblioteca, motivando os próprios funcionários (interno). Se os funcionários estiverem motivados, conhecendo bem os processos e tecnologias existentes, irão passar esse conhecimento e motivação para os utilizadores, o que vai gerar satisfação no atendimento e tornar agradável a relação entre funcionários e utilizadores. É importante realizar actividades que fomentem a relação entre estes, motivando ambas as partes. Acções de formação, reuniões, colóquios, palestras, entre outros, são opções sempre ponderáveis.

São várias as vantagens encontradas na adopção de técnicas de marketing. Estas técnicas podem potenciar um melhor relacionamento entre a biblioteca e os utilizadores (reais ou potenciais), pois têm como principal objectivo detectar as necessidades destes mesmos utilizadores, criando produtos e serviços que possam satisfazer estas mesmas necessidades.

O marketing auxilia a gestão das bibliotecas, coordenando as potencialidades das instituições (oferta) com as necessidades dos utilizadores (procura). Através da realização de estudos de utilizadores, pode diminuir-se o risco na tomada de decisões que, de alguma forma, poderiam pôr em causa o sucesso da instituição. As técnicas de marketing podem, assim, facultar um investimento mais eficiente dos recursos financeiros, que resulta da adequação dos produtos/serviços às necessidades reais dos utilizadores.

Fundamental é o facto de a componente promocional do marketing dar a possibilidade de os utilizadores conhecerem a biblioteca e os serviços que esta oferece. Este factor é bastante positivo pois as pessoas gostam de ser informadas e têm um tendência natural a usarem mais aquilo que conhecem.

Ao dar a conhecer a biblioteca, os seus recursos, serviços e actividades, a visibilidade e reconhecimento da própria instituição aumentam. Quanto melhor a imagem que é projectada da instituição, mais favorável será a imagem dos profissionais, que começam a ser vistos como gestores de informação que desempenham um papel social bastante importante. Estes profissionais desempenham funções que favorecem o acesso à informação e à cultura fomentando, assim, o desenvolvimento das comunidades. O marketing nas bibliotecas visa a adaptação dos espaços, das colecções e recursos às já identificadas necessidades dos utilizadores, melhorando o acesso e disponibilidade dos acervos e reduzindo o tempo de espera no acesso à informação. Visa adaptar o serviço e os seus recursos, a cada momento, às necessidades dos vários e diferentes utilizadores.

Uma biblioteca que foque a sua missão nos utilizadores deve dirigir toda a sua atenção para as necessidades informacionais destes mesmos utilizadores, identificando-as e estudando-as de forma a conduzir à adopção de estratégias de marketing que se adequem a esta satisfação.
A publicidade é a técnica mais usada e visível, tendo como objectivo o desencadear de actos de consumo de um determinado produto/serviço. Mas o marketing não se cinge apenas à publicidade, é apenas uma parte deste.
São vários os materiais aos quais as bibliotecas podem recorrer como meio de promoção, nomeadamente: folhetos, desdobráveis, agendas de actividades, convites, cartazes, pequenos livros sobre a biblioteca, marcadores para livros, canetas e lápis, entre outros. São os próprios bibliotecários e funcionários das bibliotecas que dão asas à criatividade e procedem à criação destes e outros materiais.

É útil também que os serviços comuniquem aos meios de comunicação social as actividades que desenvolvem, sendo também esta uma estratégia de marketing.

A realização de actividades e a sua respectiva divulgação contribui claramente para o aumento da visibilidade dos serviços, havendo uma explícita relação entre este factor e o sucesso das instituições. Para que as actividades tenham êxito é efectivamente determinante a sua promoção.

Como já foi referido, as bibliotecas têm cada vez mais a sua orientação focada nos utilizadores, sendo estes a razão de ser dos próprios serviços. Existe uma preocupação crescente no fornecimento de serviços de excelência e que sejam plenamente capazes de satisfazer estes utilizadores. São estas crescentes e claras preocupações que levam, como já vimos, à adopção de estratégias e técnicas de marketing que conduzem à divulgação da informação e dos próprios serviços.

Fontes: PINTO, M. L., BARRULAS, M. J.: A Disciplina de Marketing e a Prática do Bibliotecário: Estudo de Caso em Bibliotecas da RNBP

Fonte