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ë Dimensões da identidade profissional docente na formação inicial

sexta-feira, 1 de agosto de 2008
No âmbito de um trabalho que procurou esclarecer e promover o processo de construção da identidade profissional docente no período de formação inicial, destacámos as dimensões motivacional, representacional e socio¬profissional da referida identidade, que apresentamos na sua complexa dinâmica.

Introdução

Num trabalho em que procurámos esclarecer e promover o processo de construção da identidade profissional no período de formação inicial de professores, nomeadamente no contexto da formação educacional na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), procedemos a uma análise das componentes da identidade docente mais relevantes nesse período. Destacámos então as dimensões motivocional, relativa ao projecto profissional, incidindo na escolha da docência como profissão e na motivação para a mesma; representacioncal, relacionada com a percepção profissional, nos planos das imagens da profissão docente e de si como professor; e socioprofissional, aos níveis social e relacional e baseando-se, fundamentalmente, nos processos de socialização profissional. Estas dimensões da identidade docente interagem numa dinâmica complexa, articulando-se com a profissionalidade docente em construção e com base na formação profissional, que assume uma importância fulcral para o seu desenvolvimento na fase de pré-profissão.

A construção da identidade profissional

Em construção dinâmica, num processo nunca acabado, e interactivo, cem base em múltiplas interacções sociais, a identidade individual apresenta-se como uma entidade complexa, nomeadamente na sua componente profissional, que constitui um aspecto fundamental do desenvolvimento e do reconhecimento social do adulto.

Na construção da identidade profissional salientam-se dois aspectos fundamentais: por um lado, a importância do processo de socialização profissional e das Interaccões nos contextos de trabalho (Dubar,1997; Dubar e Trlpier,1998; Sainsaulieu, 1996); por outro lado, o papel decisivo das representações, que são permanentemente (re)construídas na acção profissional (fautier, 2001). As identidades profissionais desenvolvem-se, assim, numa relação complexa entre acção e representações, no âmbito dos contextos e das interacções profissionais (Blin, 1997).

A formação profissional assume uma importância fulcral neste processo, devendo contemplar não apenas a aquisição de saberes e o desenvolvimento de competências, mas também a integração das dinâmicas referidas, nomeadamente patentes nos processos motivacionais, representacionaìs e sociais, Desde a formação inicial, deve realizar-se uma socialização profissional, pelo menos de forma antecipatória, promovendo o conhecimento da realidade da profissão e permitindo o confronto e a (re)elaboração das representações profissionais, incluindo a imagem da profissão e de si próprio relativamente à profissão. Este processo deve articular-se com o esclarecimento e a (re)estruturação do projecto profissional individual, relacionado com a motivação para a profissão.

Dimensões da identidade docente na formação inicial

Numa abordagem teórica e empírica da identidade docente e da sua construção na formação inicial, destacámos três dimensões fundamentais (Nascimento, 2002):

-a dimensão motivacional, relativa ao projecto profissional e incidindo na escolha da docência como profissão e na motivação para a mesma;

-a dimensão representacional, relacionada com a percepção profissional, nos planos das imagens da profissão docente e de si como professor;

-a dimensão socioprofissìonal, situada aos níveis social e relacional e baseando-se, fundamentalmente, nos processos de socialização profissional.

Estas dimensões da identidade docente interagem entre si numa dinâmica complexa, em ligação com a profissional idade docente em construção e com base na formação profissional, como se procura ilustrar no esquema seguinte.

Dimensão motivacional

A dimensão motivacional relaciona-se com o projecto profissional, neste caso, especificamente, com a escolha da docência como profissão e com a motivação para a mesma. A sua análise remete, assim, para os factores e condições da referida escolha.

Entre os factores subjacentes à escolha da profissão docente há que distinguir as motivações intrínsecas, que envolvem o sentimento de um gosto ou vocação para o ensino, a procura de uma realização pessoal e mesmo o cumprimento de um ideal de serviço, e as motivações extrínsecas, relacionadas com motivos sociais e económicos, como a perspectiva de emprego ou as condições de trabalho inerentes à profissão, e incluindo influências e expectativas de outros. Para além desta distinção relativa à natureza dos motivos, há que ter em consideração o momento em que se realiza a escolha: uma escolha precoce é, em princípio, mais intencional do que uma escolha tardia, que é, muitas vezes, uma escolha de recurso. A escolha pode, ainda, operar-se de forma voluntária ou circunstancial, com base em motivações conscientes ou inconscientes, pessoais ou interpessoais (Postic et ai., 1990). Embora não existam investigações sobre todos estes aspectos, vários estudos têm salientado a importância e os efeitos positivos, para o desenvolvimento e a satisfação profissionais, de uma escolha interior e consciente.

0 ingresso no curso de formação e o início da prática profissional são momentos cruciais para a concretização do projecto profissional. Assim, é importante analisar a coerência do projecto nestas duas etapas, nomeadamente, a orientação motivacional para o curso frequentado e para a docência. Dessa coerência e do nível de motivação existente depende a atribuição de utilidade à formação profissional, a motivação para a mesma e o aproveitamento das respectivas aprendizagens (Jesus e Abreu, 1994).

A importância, para o desenvolvimento e o desempenho profissionais, de uma adequada motivação para a profissão, traduzindo-se num projecto profissional estável e em expectativas seguras de realização, tem sido destacada. Segundo Esteve (1992), um menor grau de orientação motivacional, relacionado com o desejo de abandono da profissão, é considerado um dos indicadores de mal-estar docente. Estes aspectos têm sido considerados na apreciação das políticas de recrutamento docente, acentuando o papel das instituições de formação de professores na selecção dos candidatos ao ensino.

Já no decurso da formação, esta deve contribuir para (re)definir o projecto profissional dos estudantes, esclarecendo as motivações subjacentes. Assume particular importância, nesta perspectiva, um trabalho ao nível das representações profissionais (Baìllauquès, 1996)[...].

Ver artigo integral na sala de leitura geral, Biblioteca Pública Regional da Madeira.

NASCIMENTO, Maria Augusta Vilalobos, Dimensões da identidade profissional docente na formação inicial. Ver. Portuguesa de Pedagogia, ano 41-2, 2007, p.207-218.